27 de outubro de 2008

"Flagelo-me. Exponho cicatrizes." - Fernando Anitelli.

Sempre tive a mania de me proteger por todos os lados. Sempre adiantei fatos, atos e artefatos que um dia pudessem me fazer sentir medo de mim mesma, sentir medo das minhas convicções, sentir medo dos meus próprios medos. E mesmo que isso seja totalmente clichê na vida de milhares de formiguinhas que vivem nesse mundão de Deus, comigo era diferente! Comigo sempre acontecia o pior, era como um karma me perseguindo por toda a eternidade não-eterna que eu imaginava viver. E eu nunca entendi o porquê de todas essas merdas na minha vida, todos esses momentos inúteis e doloridos que eu tive que passar totalmente "sozinha" (sim, eu tenho dó de mim mesma). Comecei a pensar em todas as coisas ruins que eu tinha feito nessa minha pequena existência, mas que me revelou coisas que talvez sejam classificadas como castigo... É, aquele castiguinho que Deus manda só pra se deliciar com a tristeza dos seus queridos filhinhos. Eu mal comecei a viver nesse mundinho de "Natália no País das Maravilhas" e você só me manda pancada! Mas que seja assim, eu sou forte o suficiente pra aceitar a morte de todo mundo - menos a minha.
Comecei a contagem dos karmas, que são treze (meu número, meu aniversário, aniversário do homem da minha vida, a hora exata em que eu nasci e mais milhares de coisas inúteis que tem um puta valor pra mim). Mas aí eu finalmente fui prática e imaginei o que eu poderia fazer pra mudar tudo isso... E acreditando ou não, a maneira foi inverter os valores. Mudar o que estava certo para o errado e vice-versa. Todos os padrões, os conceitos de assuntos absolutamente inúteis, todas as formações que eu obtive durante esses poucos anos que eu me lembro de ter vivido, todos os estigmas que eu tinha cravado no coração e na razão há muito tempo atrás.
Era como ser protagonista de um romance escrito pelo meu pior inimigo, era como ser a Branca de Neve que nunca acordaria porque o príncipe encantado dela nunca viria resgatá-la! A visão de uma vida acompanhada do lado de fora e vivida por uma pessoa que não era eu. Nunca fui eu. Nunca será a Natália de verdade. Nunca.

E como eu sou inconstante e desprevinida de flexibilidade, eu continuo assim.
Só os karmas que mudaram, eles passaram a ser meus, eles me libertaram da mentira que eu sempre acreditei que eu realmente era.

Que seja.

2 comentários:

Anônimo disse...

neninha confusa ha

a vida é cheio de marcas mesmo
as vezes a gente acha que não sabe quem a gente é, as vezes achamos q não somos bons o suficientes
as vezes cobramos muito de nós mesmos
perfeito não somos, e nos cobramos muito em cima disso, sem ser clichê, encarando isso com realidade, nos cobramos muito mesmo.
e algumas pessoas deviam ter idéia mínima do quanto faz bem, a algumas pessoas em suas volta, pq é incrível.

te amo

inmybed disse...

qualé que eu te amo! eu num li ainda o post mais vo le! :D opksakpoasokopas