30 de agosto de 2009

Esse mundo dos chapados. Não importa o problema: weed te faz esquecer. Uma praça, um cobertor vermelho, uma garrafa de vinho. Prato de macumba. "Trenzinho". Enquanto isso as crianças correm. Surfam em árvores, contam estrelas. A próxima primavera está chegando! "Jah anda em rua de flores, sempre tentando aliviar nossas dores." O caminho das flores. Laranjas, reparei nisso hoje. Uma lá no alto, bem naquela pegada da maçã. As melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos e blá blá blá (...) - Caô! O protocolo é óbvio - eficaz e simples - sem burocracia. Muito lounge pra mim. Ok.

Adeus
Não voltem tão cedo do inferno,
demônios.

27 de agosto de 2009

ame mais seu irmão

Ultimamente meus posts são simplesmente "posts". Não tô preocupada se minha "veia literária" anda falhando (considerando o padrão que "alguém-não-sei-quem" estabeleceu sobre qualquer linha escrita). Tanta coisa acontece enquanto eu escrevo dez linhas nesse blog. Tanta coisa deixa de acontecer também. Deve ser alguma coisa cósmica que - inutilmente dizendo - bloqueia alguns caminhos que levam pro mesmo fim. Aquela teia gigante que move o mundo. Molde-se. Molde-se mesmo! Se venda por aceitação. Jogue suas idéias no lixo. Engula os padrões e seja feliz. SEJA MESMO.

24 de agosto de 2009

Histórias, nossas histórias

Não sei o que acontece comigo. Às vezes eu gostaria de permanecer calada. "Boca fechada não entra mosquito." Mas eu nunca acreditei em ditados. E não porque o dito "popular" não me agrada, é simplesmente porque eu nunca me encaixei em padrão nenhum. Nunca fui protagonista de um conto de fadas. Nunca passou pela minha cabeça ser algo que alguém espera que eu seja, e não porque eu sou do contra. É porque eu tenho caceta suficiente (mesmo não tendo o órgão em si) pra jogar os sonhos nas costas de quem os sonha. Bem aquilo: "Carregue seus próprios sonhos e seja feliz por R$ 1,99". Nêgo sempre acha que o mundo é fumaçado pelo beck DOS OUTROS. Nunca pelo seu beck, NUNCA! Você, meu amigo, é o culpado também. Você também deposita seu lixo de merda na cabeça dos outros. Você também manipula, você também destrói. Nada pior que a manipulação de mentes, nada pior que uma lobotomia de risco. Milhões de pensamentos anulados, mascarados. Milhões de corpos gelados, milhões de mentes famintas por sangue. Por isso é mais fácil fechar os olhos, seguir o velho ato eclesiástico: trabalhe por miséria, case por conveniência, tenha filhos por vontade, morra como MAIS UM na merda da estatística. Esse pensamento sim é de louco desvairado. Minha vida vale mais que seiscentos reais por mês e três filhos pra criar. (Será?)

De repente você já não é mais um na multidão
[...]

13 de agosto de 2009

Algo de Alguma Coisa

O gélido. Paredes brancas, armários cinzas. Duas doses de tédio e um porre de incompetência on the rocks. A fina camada entre o bom - o ruim - e o quase nada. Essa sensação espacial ao pé da letra. Algo como a alma do impávido, um dos grandes problemas enfrentados por qualquer cabeça pensante desse país. De diretorias a entidades cabrobradas. A mobilização da tristeza, a vontade de se-ser-o-que-não-se-é. A vergonha de ser-o-que-se-é. Já era dia, meu amigo me acordou aos gritos. "Estúpida socialista!"
Indaga-se:
Ser o que se realmente é
Ou ser o que você quer que eu seja?



N A D E
O U
A F U N D E

9 de agosto de 2009

God, it make?

[considerem como: des_abafo]

Eu costumava sorrir. Levava na boa. Mas chega um ponto da sua vida, amado, que se você virar as costas pro que te incomoda - além de ser um erro imperdoável - ainda corrói seus pensamentos bons. Porque uma energia ruim vinda de um conhecido, destrói até mesmo o aquele pôr-do-sol lindo que você assistiu no mesmo dia. Congela o calor. Escurece toda aquela claridade. Cala a poesia, pesa até pra leveza. E eu cá com meus botões. Vi uns três filmes de comédia americana, aquela coisa carimbada com a falta de humor, mas que me deixa feliz de qualquer maneira. É difícil pra caralho me atingir com alguma coisa, mas vibes zuadas me zoam demais! Enquanto 28 pastores ocupam os canais da tv aberta para "pregar sua grande e desgraçada religião", os outros canais tocam fogo no puteiro. Enquanto você chora com a barriga cheia de carniça, outros choram por não ter um pão duro pra comer. Enquanto eu agradeço e me esforço cada dia mais, você reclama pra "Deus". Eu costumava chorar.
Agora acostumei-me comigo. Chorem, esbravejem, comam, cuspam, FODAM-SE.




Eu cerco minha casa com aqueles que lutam por mim.

5 de agosto de 2009

Amados, *tô dando um tempinho. Relaxem.

* ENTENDAM COMO QUISER!

28 de julho de 2009

Maiakóvski

"Julieta: Sem se mexer, o santo exalça o voto.
Romeu: Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados."

William Shakespeare


A idéia da marginalidade se fundir a grande realeza da poesia. Choca. Destroça conceitos. Fere até a modernidade. Se dilui com o conceito do não e acrescenta ao conceito do sim. É como vomitar a essência das flores. É como negar a musicalidade existente no grito de uma moça mal-amada que espalha a quatro ventos a dor de sua infelicidade. Dizem que sorrisos são como dádivas. Pra mim, dádiva é subir em pedastal de escada rolante e avisar aos senhores passageiros que estamos passando por turbulências. As saídas não se encontram à direita. Nossos destinos se resumem a um impávido porra nenhuma! Da lama ao caos, do caos a lama.



Atirei meu sorriso pra você, meu poeta
Abaixe-se e olhe
Vire-se e veja
Uma puta na cama e uma dama na mesa.






23 de julho de 2009

Desmanipule-se: COMING SOON

D e s m a n i p u l e - s e

Desafine
Desarrume
Desdenhe


21 de julho de 2009

Mangue

Ma petit. Comemorar as bombas. Nuclear, ataque tóxico. Acid Jazz, lasanha. Sempre tem alguém dormindo do teu sofá, vivendo sua vida, seguindo o teu, esquecendo o próprio (o eu, o antes, o outrora, o depois) . NUNCA! Eu? Segura assim? NUNCA! Fecha a boca, não grite à quatro ventos sua vitória! Deus ouve muito bem. Castiga, humilha, arranca.
Puxa. Grita. Mostra.

Suas convicções derramadas por aí, sem nada pra depois. Seu cheiro em mim. Todo aquele sadomasoquismo pra nada? NADA! Toda aquela putaria que nos unia, tudo que você enfiou guela abaixo. De gozo a percepção. Do seu pau ao sol amigável.
Fechei a gaveta, amor. Sem papéis nem almas jogadas. Sem nomes, sem donos, sem rumores. Não me espera. Não espera. Minha temporada das flores passou e eu - não tenho moral - nem posso abrir minhas pernas pra você. Mas seja bem-vindo, é muito bom te ver passar.





15 de julho de 2009

Putinhas quentes. Tristes e quentes. Putas velhas, putas novas. Putas. Láudano e absinto. Sem rosto, sem roupa. Sem vida, sem morte. Paradas. Transando sem transar. Gozando sem gozar. O tudo pra mim. O nada pra você. A escuridão da minha pupila dilatada. A claridade da sua cafajestagem. Chupa aqui. Meu pudor - nem existe!




Vem quente
Que eu tô
F e r v e n d o!

14 de julho de 2009

Prestar

Eu sinto cheiro de homem cafajeste. Eles me atraem, não me repulsam. Atraem ao ponto de cegar, repulsam ao ponto de amar. Três ou quatro por mês, de hora em hora. Eles aparecem sempre, na vida de qualquer mulher, mulherzinha, mulherão. Foda por foda...
Eu sempre sei quando alguém vai me encantar. Um rosto, uma palavra que eu gostaria de escutar. Alguém que chegue e simplesmente me abrace sem dizer nada. Alguém que olhe pros meus olhos na hora certa. Pros meus seios na hora certa. Alguém que me diga: "Eu te adoro", mas que saiba dizer um "Eu quero te foder aqui e agora". Alguém que fale de Miller e Houellebecq. Alguém que fale de Silvio Santos e Zeca Baleiro (sem perder a majestade). Alguém que saiba quando eu tô de TPM e se preocupe se a menstruação atrasar. Alguém que goste mais de Marlboro Light. Alguém que perceba a minha posição favorita pra transar. Alguém que sinta a brisa do cabrobró. Alguém que me ache confusa mas que não ligue pras minhas confusões. Alguém que se misture. Comigo - e tão somente - comigo.


9 de julho de 2009

É só você ficar de quatro e olhar pra trás - RETURN

02:21 am. Sexo a lua nua. Três bongs fumaçando. Eu, uma amiga e um pau (que não era de plástico) delicioso. Nós duas - como sempre - esquentando a noite. Lambidas, gemidos. Três dedos atolados na quentura. Milhões de pérolas negras perdidas no olhar. Putaria enérgica, quase sem fim. Aquele cheiro de mulher adocicada. Puxadas no cabelo, quatro pernas abertas. Lábio com lábio, língua por língua. Um meia nove delicioso regado a tempo. Uns quarenta minutos. "Tu é hetero mas adora ser chupada, né?" - Opa, mas é claro! Chupa aí, sei que gosta mesmo. Chupa bem gostoso que é pra isso que você tá aqui, bitch. "O pau me espera" - pensei. Passei pro macho, chupei ele bem gostoso (bem gostoso mesmo). Fico de quatro, esperando tudo aquilo me foder imensamente.

[continua]

1 de julho de 2009

O velho flagelo escrito

Eu tenho algumas chaves guardadas. Portas, caminhos, destinos, lugares. Guardo uma volúpia sufocante nos olhos. "Acenderam as luzes justamente quando eu ia lhe mostrar o infinito em brasas." A mágica do belo porra nenhuma. O mentor mata o leão a dentada mas sucumbe diante dos poderes de uma frágil costela. É essa (e tudo que houver around) a nossa arte. É o sopro do levante. O grande flagelo da massa. Essa é a saga da bucetinha gostosa que vos write. Eis o bruto - puro e unânime - bruto. Um deleite corporal ou uma gaveta velha? Dois peitões deliciosos ou uma bela merda de(mente)?
Que romantismo cruel! Minhas chaves guardadas cheiram a sexo, ao fogo de tudo que eu vivi. De punhetinhas dançantes a sexo selvagem num hotelzinho pulguento. De mordidas sangrando a bela cumplicidade de dois amantes. Da mais pura cafajestagem ao mais bruto sentimento de piedade. De vômitos na sala as flores que guardei na geladeira. Da mais deliciosa perversão ao simples nada. Do fogo ao vento. Do venha a nós ao vosso reino a explosão da carcaça. Devassa, lasciva. Eu - eu e eu - Mais eu.

29 de junho de 2009

Nada vai te bater mais forte que a vida

Santo hedonismo. Barquinhos de papel flutuando num doce mar lúdico. Barcos afundam, pessoas, planos, sonhos, medos - Afundam. O que te puxa pra baixo é a linha do destino, ou as famosas linhas tortas que Deus (se existisse) escreve nossas lascivas histórias. Nós somos artistas de circo: nos equilibramos na corda da vaidade. Sempre com o peso de quinhentos sonhos nas costas. Sonhos meus, sonhos teus, sonhos nossos. Carregamos toda a dor do mundo no umbigo. "A corrente se tornou mais forte que minhas braçadas." Todo esse álibi consolador da solidão que move São Paulo: o movimento. A calada das vielas, o cheiro das boites libidinosas. As milhares de putas que prometem amor por dois reais. Santo hedonismo! E eu morrendo por não cobrar nada...

26 de junho de 2009

O sagaz - Como assim, rapaz?

Uma bailarina voadora. Milhões de luzes entre o palco e o imenso sentimento de dançar sobre os céus. Acusador! "Nada que voa por muito tempo permanece no ar." O denso ar. As palavras que demoraram a sair, a vontade de nascer de novo. Novas confissões com velhas novidades. Um arrepio, um vento gelado. Sonhou, foi? Vingamos. A beleza de um prato frio, o asco por alguém que você dedicou todos os segundos dos últimos tempos. O rosto - deformado - que se dilatou no momento. O sorriso nervoso, o medo do sangue, a preocupação com a morte, o alívio pela vida. O melhor de nós (proporcionamos, com certeza). As melhores lágrimas de nossas vidas - as dele. Um ponto final com gosto de vírgula. Um sem duas. Duas com duas. Oportunidades. Amém!

Fortes / Convictas: Até o Fim

A Arte de
(Sub)
Estimar.

Experiência Laboratorial. Duas fêmeas soñadoras. O líquido da existência jorrado em lamparinas de cristal. Existência! Todo o conjunto do não - misturado ao sim - Coexistência. A fina camada entre uma amizade e a ostensiva, o humilhante drama entre os passos na escada e o fim. Intervenções nucleares, narrativas solares. Luz intensa. Meu Eu, Seu Você. Dez centímetros entre a tesoura e o ninho. O inesquecível foi esquecido. O imenso buraco entre nosso caráter e sua falta do mesmo: Sumiu.


22 de junho de 2009

Eu e meu exército de Eu.

Hoje resolvi vomitar minha maldade. Hoje resolvi espalhar aquele fiozinho de discordância. Hoje eu resolvi colocar pra fora todas as mágoas noturnas, todas as vontades soturnas. Hoje eu vi cinquenta fiéis agonizando. Hoje eu vi metade da população rir na cara do palhaço como se ele fosse piada. Hoje eu resolvi que nada é nada, que tudo é nada, que todo mundo é nada. Difícil é perder metade de você num enterro suburbano. Fácil é meter a de "Vai todo mundo se foder!". Difícil é continuar na estrada do engano mesmo quando você sabe que o fim tá perto (ou gostaria que estivesse). Fácil é perder um feto numa pinça de hospital. Difícil é saber que os mesmos olhos que derramaram lágrimas por você num segundo, desejaram o corpo de outra mulher no próximo segundo. Fácil é chorar. Difícil é curar.

Foram os piores quatro anos da minha vida, e todos os próximos anos também serão. Perdi oitenta por cento da minha fé, noventa por cento do meu amor e cem por cento da confiança em tudo, em todos.

***

Hoje eu vi Deus.

15 de junho de 2009

becoming: SARAU


Texto a caminho: sagaCIDADE - Sangue de bairro

Sábado tem o Sarau, provavelmente alguns textos (nunca lidos antes) serão desvelados por lá.

:)

6 de maio de 2009

Golden Eye;

Dezoito de janeiro de dois mil e oito. Exatamente quatro e quarenta e um da madrugada. Ah, a madrugada! Tempo de imaginações férteis e fertilizações imaginárias. Quase nada utópico, nada fake, nada feio. “Seja bem-vindo ao mundo, espantalho! Apresento-lhe nosso prato principal: você.” Parabéns. Esse é o começo do fim da sua vida, nada mais desanimador. Muitos passos para andar, muitos filhos para criar, dá-lhe shampoo anti-caspa (e os comprimidos pra tomar). Citar como a vida pode ser maravilhosa a essa altura dos fatos mundiais é ser muito clichê. Falemos então da vida suburbana, das batalhas diárias pelo pão da dignidade. Das bocas mutiladoras, dos adesivos perturbadores. “Sorria, você está sendo aniquilado.” Cansada de jogar o jogo. Apertar o replay mais uma vez? Não. A circunstância ajuda, mas se o mundo fosse feito de circunstância nós mataríamos um deus por dia. Mataríamos com uma faca de plástico de festa de criança como diz meu mestre-guru-macho-amante. Concordo.
***
Abram as portas do inferno, batam palmas e agradeçam aos cinzeiros mágicos e lúdicos. O showzinho de merda vai começar!

4 de maio de 2009

Um Homem Cortado em Fatias

Ela se atirou na cama com as pernas abertas. Parecia até um tesouro, uma outra vida, uma vida-vida. Aquele hálito venenoso de primavera no ar. A fresta da janela anunciava mais uma noite lilás com umas goladas de whisky dezoito anos pairando sobre cabeças de espantalho. Láudano. Você, precisamente você. Toda a maldita corrente da vida através de você, através dele e dela, através de todos os homens e mulheres antes e depois de você, as flores, os pássaros, a fragrância disso. Aniquilando. Sufocando. Libidinando, conquistando, me afastando.
Você não soube me foder. Você me dizendo com aquelas suas adenóides estranguladas:" Bem, agora vou dizer-lhe uma coisa...há duas maneiras de encarar isso." Foda-se. Foda-se o seu universo pluralístico e sua acústica de ratos voadores. Foda-se o cheiro de homem que você deixou nas minhas entranhas e a casa de veraneio que você arrancou dos meus olhos.

***

Coragem. E uma positividade incrível. Porque eu sou uma otimista incurável. Eu digo, caro maluco que está lendo, eu sou uma otimista incurável e uma pessimista de finais de semana.


30 de abril de 2009

Dias atrás me perguntaram se eu era a nova Syang e eu quase desisti de escrever alguma coisa 0,001% mais interessante que Zíbia Gasparetto. Rraw, o poder das entrelinhas. As pessoas tendem a ser mais que um pedaço de carne, mas isso não quer dizer que você não é a janta do seu amiguinho taradinho. E você não é o parâmetro do mundo, ninguém quer saber qual o nível de gordura do seu corpo e nem porquê você adora presunto. Pessoas são diferentes, sempre com sensações diferentes e olhares diferentes. Mas isso aí é papo pra freudiano inteligente e eu não tenho mais paciência pra papinho cult com divagações sobre a metafísica do sorriso da Monalisa (vide comunidade do orkut).

Boa janta!

27 de abril de 2009

Eu toda nua com meu Bukowsky das ruas.

Simplesmente olho meu marginal (e não no sentido criminal da palavra). Me sinto calma e fiel. Sempre aquela ternura quase escondida, aquele peito cheio de orgulhos e um olhar de demônio e de anjo. Mas não me preocupo. Sei que meu homem, livre e ludicamente arrogante, faz parte do meu domínio. Essa sensação de proprietária se compara à todas as vezes que eu cruzei com olhares fulminantes nas ruas e não fiz questão nenhuma de me importar. Tudo nele é penetrante - a verdade de ser sempre bom, sempre vestido naqueles "panos", torpe de gestos, um olhar insondável. Sinto ele me penetrando até quando não estou com ele, sinto ele desfolhar minha pele, desvelar meus seios, abrir as minhas pernas e me penetrar como se aquilo fizesse parte de um ritual judaico ou algo do tipo. Sempre que parte, deixa em mim um fantasma diabólico de cores, métrica, musicalidade, poemas decassílabos e a sensação de que corporalmente nós somos ligados (mesmo que esse "nós" hoje signifique qualquer coisa esquálida que possa existir). "Essa idiotice corporal deve acontecer com todas" - penso eu. O caralho, não pode ser! Eu então, abandonada como realmente me sinto, vivo da memória do sexo único, gostoso, carregado de porra. Como se o amor com ele me fizesse às vezes uma fera que amamenta sua cria e logo foge. De medo. Puro medo. Eu o amo, mas uma voz crescente lá no fundo (um fundo denso) vive dizendo: "Ele não perde por esperar, ele não perde por esperar..."

"(...) se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

23 de abril de 2009

É só você ficar de quatro e olhar pra trás.

[03:02 da manhã. Heliponto. Eu e meu brother]

- Nossa, vi uma brisa linda de um japon hoje.
- Que era? Aumentador de pinto?
- Não...Sabe aqueles capacetes que tinha na Emanuelle?
- Você assistia Emanuelle sua siririqueira?
- Mano, foda-se...sabe o quê eu tô falando?
- Sei.
- Então, ele queria inventar um daqueles.

Sem diálogos depois dessas observações. Só vi aqueles olhinhos devoradores do meu amiguinho que é tão brother. Logo pensei: "Será que ele trepa bem ou chupa bem?" Que idiotice! Por quê um cara não pode trepar E chupar bem? Deve ser pela experiência que eu tive de uma trepa que era nota 1 bilhão e uma chupadinha nota -1 [...]
Três segundos depois ele me solta: "Ah, nem preciso de um capacete desse..." Nem pensei duas vezes, tava no perigo e meu amigo sempre foi muito gostoso (ai delícia). Logo eu já tava nuazinha em pêlo, soltei meu cabelo, fiquei só de pulseirinha no tornozelo. Sussurrei no ouvido: "Bota, vai." Vi nos olhos do meu "trepa por alguns minutos" aquele fogo babilônico da orgia entre amigos. Logo eu já tava rebolando naquele pau igual uma louca, gemendo bem baixinho e pensando no porquê eu demorei tanto pra fazer aquilo (que idiota eu era). "Puta que pariu, não pára de rebolar não sua puta gostosa" Ai, esses elogios na hora do sexo me deixaram mais molhada do que eu já estava...Pinguei litros e litros! Só me via descendo e subindo, descendo e subindo e olhando pra cara do meu amigo com aquela cara de "Tô dando pra você mas eu não quero mais que isso, tá certo?" e a resposta do olhar foi bem "Mas tá dando pra mim, já tá ótimo".
Só esporrada na cara, um ball cat muito bem feito e aquela reboladinha que só brasileira sabe fazer.

[Roupas no corpo novamente. A brisa volta também.]

- Então, foi essa a brisa do japonês.
- Porra, muito loco esse japonês.
- Pode crê, muleque.
- É...Firmeza esse japonês.

14 de abril de 2009

Killing in the name of [...]

[Sem paciência, sem tempo, sem alma literária ativa (até mesmo porque escritores não tem a obrigação de escrever 52 textos por dia.]

"Construa o muro da sua dignidade." Tá certo... tijolo por tijolo. E o muro tá lá, com alicerces fortes e indicando a petulância que você adquiriu com a alteridade do seu egocentrismo instruído (seja lá o que eu quis dizer com isso). Você constrói com aquela dificuldade que só os favelados, pobres, corinthianos e maloqueiros conhecem. Mas constrói. Olha pro muro da sua vida com aquela expressão de que nada pode te atingir agora, porquê é esse muro que bloqueia todos os males do mundo, é esse muro que te faz ter a falsa esperança. E não há nada pior na vida do que ter falsas esperanças de algo dar certo. Você pode até enfeitar o muro, colocar umas flores, umas veleidades nada sóbrias. E quando você termina, você percebe que esse muro te bloqueia do caminho que você quer seguir também. Mesmo que seja o caminho "errado" ou o "não provável", mas é essa merda de caminho que você quer seguir na porra da sua vida. Eu só bato cabeça no meu muro. Construí no lugar errado, na circunstância errada, construí do jeito errado e agora eu sinto meu rosto lavado de sangue de tanto bater a cara nesse muro. Levanto, penso, ando e bato a cara no muro de novo. Olho pro lado e vejo aqueles olhinhos julgadores, mas um médico de alma que é bom eu não vejo. "Dar o cu pra mim ninguém quer né?"

Enfim...

"Vai guerreiro pra luta mas não esquece o amor"

20 de janeiro de 2009

Hello I'm Johnny Cash - Alabama 3


Life is a waterfall. Você pode sofrer por muitas coisas, menos por você mesmo. O fim é sempre uma incerteza, algo que te dá a sensação de não saber o que vem após toda essa chuva
de idéias e misturas de sentimentos. Mas dizem que finais são sempre trágicos e doloridos. O meu não será diferente de nenhum deles, eu também vou pensar na minha vida inteira,
relembrar fatos em 2 milésimos de segundo e depois pedir perdão pelas coisas erradas.Negação, aceitação e plenitude. Essas são as fases que eu quero passar. Essa loucura não me
larga, não me deixa descansar um minuto. E é isso aí, meus 89 demônios pra me atormentar o dia inteiro. Meus 13 karmas que traçaram meu destino. A vontade insolente de perguntar o porquê de todo sofrimento do mundo. Enxergando cubos de luz intensa. Sentindo aquela luz penetrar no meu corpo inteiro, mas sem nenhum efeito! Meu corpo é feito de escuridão, de arestas e de um sentimento mágico que não se explica com clichês ou palavras aurelianas.
Nada explica essa falta de líquido existencial no meu cérebro! Deve ser a porra da maconha. Ou da cerveja. Ou seja só uma puta frescura de uma puta mina fresca.
Deixa pra lá.