30 de abril de 2009

Dias atrás me perguntaram se eu era a nova Syang e eu quase desisti de escrever alguma coisa 0,001% mais interessante que Zíbia Gasparetto. Rraw, o poder das entrelinhas. As pessoas tendem a ser mais que um pedaço de carne, mas isso não quer dizer que você não é a janta do seu amiguinho taradinho. E você não é o parâmetro do mundo, ninguém quer saber qual o nível de gordura do seu corpo e nem porquê você adora presunto. Pessoas são diferentes, sempre com sensações diferentes e olhares diferentes. Mas isso aí é papo pra freudiano inteligente e eu não tenho mais paciência pra papinho cult com divagações sobre a metafísica do sorriso da Monalisa (vide comunidade do orkut).

Boa janta!

27 de abril de 2009

Eu toda nua com meu Bukowsky das ruas.

Simplesmente olho meu marginal (e não no sentido criminal da palavra). Me sinto calma e fiel. Sempre aquela ternura quase escondida, aquele peito cheio de orgulhos e um olhar de demônio e de anjo. Mas não me preocupo. Sei que meu homem, livre e ludicamente arrogante, faz parte do meu domínio. Essa sensação de proprietária se compara à todas as vezes que eu cruzei com olhares fulminantes nas ruas e não fiz questão nenhuma de me importar. Tudo nele é penetrante - a verdade de ser sempre bom, sempre vestido naqueles "panos", torpe de gestos, um olhar insondável. Sinto ele me penetrando até quando não estou com ele, sinto ele desfolhar minha pele, desvelar meus seios, abrir as minhas pernas e me penetrar como se aquilo fizesse parte de um ritual judaico ou algo do tipo. Sempre que parte, deixa em mim um fantasma diabólico de cores, métrica, musicalidade, poemas decassílabos e a sensação de que corporalmente nós somos ligados (mesmo que esse "nós" hoje signifique qualquer coisa esquálida que possa existir). "Essa idiotice corporal deve acontecer com todas" - penso eu. O caralho, não pode ser! Eu então, abandonada como realmente me sinto, vivo da memória do sexo único, gostoso, carregado de porra. Como se o amor com ele me fizesse às vezes uma fera que amamenta sua cria e logo foge. De medo. Puro medo. Eu o amo, mas uma voz crescente lá no fundo (um fundo denso) vive dizendo: "Ele não perde por esperar, ele não perde por esperar..."

"(...) se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

23 de abril de 2009

É só você ficar de quatro e olhar pra trás.

[03:02 da manhã. Heliponto. Eu e meu brother]

- Nossa, vi uma brisa linda de um japon hoje.
- Que era? Aumentador de pinto?
- Não...Sabe aqueles capacetes que tinha na Emanuelle?
- Você assistia Emanuelle sua siririqueira?
- Mano, foda-se...sabe o quê eu tô falando?
- Sei.
- Então, ele queria inventar um daqueles.

Sem diálogos depois dessas observações. Só vi aqueles olhinhos devoradores do meu amiguinho que é tão brother. Logo pensei: "Será que ele trepa bem ou chupa bem?" Que idiotice! Por quê um cara não pode trepar E chupar bem? Deve ser pela experiência que eu tive de uma trepa que era nota 1 bilhão e uma chupadinha nota -1 [...]
Três segundos depois ele me solta: "Ah, nem preciso de um capacete desse..." Nem pensei duas vezes, tava no perigo e meu amigo sempre foi muito gostoso (ai delícia). Logo eu já tava nuazinha em pêlo, soltei meu cabelo, fiquei só de pulseirinha no tornozelo. Sussurrei no ouvido: "Bota, vai." Vi nos olhos do meu "trepa por alguns minutos" aquele fogo babilônico da orgia entre amigos. Logo eu já tava rebolando naquele pau igual uma louca, gemendo bem baixinho e pensando no porquê eu demorei tanto pra fazer aquilo (que idiota eu era). "Puta que pariu, não pára de rebolar não sua puta gostosa" Ai, esses elogios na hora do sexo me deixaram mais molhada do que eu já estava...Pinguei litros e litros! Só me via descendo e subindo, descendo e subindo e olhando pra cara do meu amigo com aquela cara de "Tô dando pra você mas eu não quero mais que isso, tá certo?" e a resposta do olhar foi bem "Mas tá dando pra mim, já tá ótimo".
Só esporrada na cara, um ball cat muito bem feito e aquela reboladinha que só brasileira sabe fazer.

[Roupas no corpo novamente. A brisa volta também.]

- Então, foi essa a brisa do japonês.
- Porra, muito loco esse japonês.
- Pode crê, muleque.
- É...Firmeza esse japonês.

14 de abril de 2009

Killing in the name of [...]

[Sem paciência, sem tempo, sem alma literária ativa (até mesmo porque escritores não tem a obrigação de escrever 52 textos por dia.]

"Construa o muro da sua dignidade." Tá certo... tijolo por tijolo. E o muro tá lá, com alicerces fortes e indicando a petulância que você adquiriu com a alteridade do seu egocentrismo instruído (seja lá o que eu quis dizer com isso). Você constrói com aquela dificuldade que só os favelados, pobres, corinthianos e maloqueiros conhecem. Mas constrói. Olha pro muro da sua vida com aquela expressão de que nada pode te atingir agora, porquê é esse muro que bloqueia todos os males do mundo, é esse muro que te faz ter a falsa esperança. E não há nada pior na vida do que ter falsas esperanças de algo dar certo. Você pode até enfeitar o muro, colocar umas flores, umas veleidades nada sóbrias. E quando você termina, você percebe que esse muro te bloqueia do caminho que você quer seguir também. Mesmo que seja o caminho "errado" ou o "não provável", mas é essa merda de caminho que você quer seguir na porra da sua vida. Eu só bato cabeça no meu muro. Construí no lugar errado, na circunstância errada, construí do jeito errado e agora eu sinto meu rosto lavado de sangue de tanto bater a cara nesse muro. Levanto, penso, ando e bato a cara no muro de novo. Olho pro lado e vejo aqueles olhinhos julgadores, mas um médico de alma que é bom eu não vejo. "Dar o cu pra mim ninguém quer né?"

Enfim...

"Vai guerreiro pra luta mas não esquece o amor"