27 de dezembro de 2008

O dom diabólico da compaixão.

"Você é uma mistura de Anita com Capitu. Dá pra sentir seu cheiro de criança e de gozo ao mesmo tempo. Esses seus olhos engolem minh'Alma por completo! Tem como parar de me olhar?"

Ok baby. Eu nem queria olhar pra você mesmo! Só olhei na tua cara pra não ficar chato. Eu olho e penso em como eu gostaria de estar em casa, ouvindo meu Fito Paez e imaginando quem será o próximo mongol a me dizer que eu pareço criança. Só penso em olhar pra outros, ler "Pílades e Orestes" de Machadão, pagar um boquetinho esperto pra outro pau e tentar adivinhar qual o próximo macho alheio que vai me prometer mundos e fundos (e realmente vai me dar tudo que eu quero) e eu simplesmente vou dizer: "Depois de dois dias ele enlouqueceu".

Possuo a chamada obsessão libertina: não projeto nos homens um ideal subjetivo, tudo me interessa e nada pode me decepcionar. E precisamente essa inaptidão para a decepção tem algo de escandaloso. Eu não me resgato pela decepção. Eu arranco as minhas forças da minha própria leveza. Eu posso chamar todos os meus companheiros pelo mesmo nome. Considero o amor físico. Não quero saber o que se passa nessas cabecinhas de merda que só pensam em bucetinhas bonitinhas.








...e tenho dito.

Nenhum comentário: