29 de junho de 2009
Nada vai te bater mais forte que a vida
Santo hedonismo. Barquinhos de papel flutuando num doce mar lúdico. Barcos afundam, pessoas, planos, sonhos, medos - Afundam. O que te puxa pra baixo é a linha do destino, ou as famosas linhas tortas que Deus (se existisse) escreve nossas lascivas histórias. Nós somos artistas de circo: nos equilibramos na corda da vaidade. Sempre com o peso de quinhentos sonhos nas costas. Sonhos meus, sonhos teus, sonhos nossos. Carregamos toda a dor do mundo no umbigo. "A corrente se tornou mais forte que minhas braçadas." Todo esse álibi consolador da solidão que move São Paulo: o movimento. A calada das vielas, o cheiro das boites libidinosas. As milhares de putas que prometem amor por dois reais. Santo hedonismo! E eu morrendo por não cobrar nada...
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Um comentário:
meu mundo que você não vê, meus sonhos que você não crê.
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