26 de novembro de 2008

Like a thousand suns.

Vermes.Bichinhos nojentos e verdes. Loucura. Uma mancha de sangue no carpete. Um trompete e um Corvette muito paloso na porta da casa. Cheiro de assassinato. Latrocínio escancarado. Roubo seguido de morte. Sangue. Essa é a sina do homem sem vida: morte. Garotos margarina não o convencem, a idéia do tiozão é cuspir as próprias convicções pro mundo inteiro. Chamam isso de sina. Um desejo que se torna parte do seu destino. Joguetes da vida. Inevitabilidades. O não-livre arbítrio. Estúpidas marionetes. Morte. E nada que você faça, mude, enloucresça ou enlouqueça vai mudar o que realmente você é: louco. Um louco varrido. Insano. Trevoso.

As manchas no carpete se tornaram o mapa do crime. Cada pingo de sangue se tranformava em um tesouro. Orgulho de ter arrancado aquele sangue das veias do desgraçado. Vontade de exibir o corpo em praça pública e assumir o que fez: matou um desgraçado. Fez do sangue seu líquido de vida, fez da morte do homem a sua maior alegria de viver. Margarina's dead. E como? Pancadas na cabeça, enfiou um teco de madeira no olho do infeliz. Ele não enxergava, não via, não conseguia ver porra nenhuma nem sentir porra nenhuma. Eró só mais um corpo apodrecendo. O ar daquela casa estava mais pesado que o céu. Mais quente que o inferno. Mais denso que o mundo inteiro. Delícia. Me faz sentir tesão. Acho o ódio um sentimento puro e digno. Nada pra esconder: você odeia e pronto. Foda-se os tabus, os conceitos, as idéias, as mentiras. Você odeia. E nem Deus sabe o quanto uma pessoa pode odiar a outra. Isanidade. Bichinhos nojentos e verdes. Loucura.

Um comentário:

Natália. disse...

é natália

vc tá surtando!